E finalmente estreou um dos filmes mais aguardados dos últimos tempos!
Devo dizer que a minha expectativa para este filme não era muito elevada, decisão tomada conscientemente para não sair desiludido com aquilo que poderiam fazer do mesmo. Só assim, poderia ter possibilidade de gostar do filme, já que o livro era de longe tão bom e surpreendente que qualquer coisa feita com base no mesmo se arriscava a falhar redondamente.
E o início começou por prometer que tal poderia mesmo acontecer!
Começar um filme, baseado num best seller, com a alteração de parte da história, não é nunca uma boa ideia... Mas, graças a Deus (ou a algum produtor/ argumentista, mais esclarecido) as alterações de monta ficaram-se por aí (segundo me posso lembrar, já que o livro já foi lido há quase 2 anos).
As personagens/actores também não foram extraordinariamente bem conseguidas/escolhidas uma vez que Tom Hanks (Robert Langdon) definitivamente não desempenha um papel ao nível de alguns dos seus filmes (o náufrago ou philadelphia) e Audrey Tautou (Sophie Neveu) não convence como criptologista para a polícia francesa, apesar de continuar a ser deliciosamente querida e doce, como ela é, mas tal não se enquadra no espírito do filme/livro.
Um bom papel é desempenhado pelo personagem secundário Silas (Paul Bettany) e até Sir Ian McKellen se safa no papel de Sir Leigh Teabing (isto de ser Sir trás uma postura inigualável...).
Adicionalmente, a duração do filme até é ajustada para a história, o problema é que a velocidade está muitas vezes ao contrário do que deveria ser: cenas muito lentas quando se pedia despacho na história e cenas incrivelmente rápidas quando se pedia maior profundidade nas personagens e seus raciocínios.
Mas o final até que foi bastante interessante, o que me leva à última questão do filme: O som...
O único momento em que o som esteve adequado e que ajudou imensamente à concretização da cena foi mesmo no final com Robert Langdon em cima da pirâmide invertida a rezar.
Terá sido da sala ou o som do filme não é nada empolgante, e ficámos todos a perder com isso?
Depois deste rol de defeitos que apontei, poderiam suspeitar que não daria uma boa nota ao filme, mas não é o caso. Como comecei por dizer, não fui com as expectativas muito altas, o que só por si melhora logo qualquer impressão que se tenha. Para além disso, tenho que ter em consideração que o filme seria sempre uma revisão da história do livro, que por sua vez, vale pela primeira vez que se lê, mas não resulta bem em segundas leituras. Assim, nunca seria de esperar que o filme fosse muito diferente. Como tal, para as poucas pessoas que nunca leram o livro, acredito que o filme seja de longe melhor, apesar de inferior ao livro.
Portanto, termino dizendo que o Código Da Vinci é para mim um filme 7,5/10.